×
×
×
×
×

NOTÍCIAS

Terça, 31 de Dezembro de 2024 às 16h08 RETROSPECTIVA 2024 – ARBITRAGEM POTIGUAR

A arbitragem potiguar se fortaleceu e ganhou destaque em 2024. Cursos de capacitação e incentivos para profissionalização destacaram o compromisso da FNF com o desenvolvimento e a valorização desses profissionais essenciais para o esporte. 

Profissionais do quadro ganharam destaque e levaram o nome do Rio Grande do Norte internacionalmente. O natalense Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro foi escalado para atuar como árbitro assistente do VAR na grande final da Copa América 2024 entre Argentina x Colômbia no mês de julho. O potiguar participou também da pré-temporada para árbitros de elite da CBF, ao lado de Caio Max e Luís Carlos França.

Em 2024, a FNF celebra a formação dos novos profissionais pela Escola de Formação de Árbitros do RN (EFAF-RN). Além de formar árbitros para compor o quadro da CEAF-RN, o curso da EFAF-RN tem a missão de profissionalizar a arbitragem potiguar em todos os gramados. Com a educação à distância, proporcionada pela transmissão em tempo real via Internet, alunos de 16 municípios do interior participaram das aulas de forma virtual. Conhecimento profissional que os alunos irão disseminar entre os profissionais de suas regiões, elevando o nível de conhecimento das Regras do Jogo.

Com um índice de 80% de aprovação nos testes, os novos árbitros formados no Rio Grande do Norte participaram voluntariamente de estágios supervisionados em partidas oficiais de futebol e estão em fase de avaliações para ingresso no quadro estadual. Os aprovados poderão atuar em competições promovidas pela FNF em 2025.

A estrutura curricular da formação compreendeu 230 horas, cobrindo uma ampla gama de disciplinas que vão desde aulas teóricas sobre regras do jogo até disciplinas como a psicologia e a nutrição aplicadas à arbitragem de futebol, noções de primeiros socorros, legislação e código de justiça desportiva, além de disciplinas práticas e estágio. Entre os instrutores, membros do quadro estadual da CEAF-RN, CBF e FIFA.

O coordenador pedagógico da EFAF-RN, Alciney Santos, destacou a abrangência da formação técnica oferecida aos alunos. “Eles perceberam que não é só entrar em campo e arbitrar. Tem que ter um conhecimento mais profundo do que é o jogo de futebol, e isso engloba os pilares técnico, físico, psicológico e social. Eles passaram a ver o futebol verdadeiramente como árbitros e viram o quanto é importante fazer um curso de qualidade”, comentou.

Entre os formandos, João Pedro Rangel, do município de São Tomé, atua como árbitro amador há dez anos e vê uma mudança de mentalidade após o curso. Ele é um dos sete alunos do município que participaram da formação e que despertaram o interesse de outros colegas da região. “É uma mudança de chave sair do amador e entrar no profissional. Espero me juntar ao quadro oficial, é um sonho. Outros seis colegas da cidade também fizeram o curso, e outros já estão interessados em se profissionalizar, nós nos tornamos exemplo. Isso é um crescimento para todos, a arbitragem só tende a crescer e ser mais valorizada”, comentou.

Segundo a aluna Silvania Moura, árbitra de fut7e futsal, o número de árbitras na turma, 11 alunas, é significativo no caminho de uma equidade de gênero no esporte. “O quadro feminino atual é muito carente, mas temos boas árbitras que são uma grande referência. Fiquei muito feliz em ver outras mulheres quando comecei o curso, e fico feliz que outras façam parte disso. Acredito que nós, fazendo esse curso, seremos espelho para outras. Vou trilhando meu caminho e encorajando outras mulheres para que elas entendam que também podem ser o que elas quiserem”, almejou Silvania.


PARCEIROS